
O futebol gaúcho vive um momento vergonhoso. Pela primeira vez em mais de 40 anos, árbitros do estado não estarão em campo no segundo jogo decisivo do Campeonato Gaúcho. A escolha da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) por um trio de fora do Rio Grande do Sul escancara o fracasso da gestão de Leandro Vuaden à frente da arbitragem e a omissão do presidente da entidade, Luciano Hocsman, que cedeu à pressão dos clubes.
A grande final entre Internacional e Grêmio será conduzida por Marcelo de Lima Henrique, um árbitro de 54 anos, em final de carreira. Enquanto isso, os árbitros gaúchos, que deveriam estar em evidência, foram relegados à plateia, assistindo ao jogo como espectadores. Uma cena humilhante para a arbitragem dos Pampas que ainda é uma das melhores do Brasil.

A crise na arbitragem gaúcha ficou ainda mais evidente na primeira partida da final, quando o Sindicato dos Árbitros do Estado emitiu uma nota oficial em desagravo à decisão da FGF. A exclusão dos árbitros locais da decisão é o capítulo mais triste de uma gestão que falhou completamente em valorizar seus profissionais.
Leandro Vuaden, outrora um dos principais árbitros do Brasil, hoje se vê no centro de um desastre administrativo que compromete o futuro da arbitragem gaúcha. Diante desse cenário vexatório, sua permanência à frente da Comissão de Arbitragem tornou-se insustentável. O único gesto digno que lhe resta é a demissão.
O desprestígio da arbitragem local também recai sobre Luciano Hocsman, presidente da FGF que permitiu que essa situação chegasse a esse ponto. Em vez de fortalecer seus profissionais, a FGF dobrou-se à pressão dos clubes e transformou o Campeonato Gaúcho em um torneio onde os árbitros do próprio estado são ignorados.
A final do Gauchão 2025 já está marcada na história – mas não pelo futebol. Será lembrada como o ano em que a arbitragem gaúcha perdeu seu espaço, sua identidade e seu respeito. Um vexame histórico!