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Por falha da CEAF, final do Mineiro terá árbitro capixaba na decisão

Márcio Eustáquio erra na condução da arbitragem do Mineiro e já enfrenta insatisfação dos clubes

O respeitado ex-árbitro FIFA, Ricardo Marques, ao lado do presidente da federação, Adriano Aro; e de membros da comissão

A nova gestão da Comissão de Arbitragem da Federação Mineira de Futebol (FMF), sob o comando de Márcio Eustáquio (foto), já começa marcada por equívocos e forte insatisfação. A atuação desastrosa no primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, aliada à falta de prestígio da arbitragem local no segundo, evidencia uma comissão que não cumpre seu papel de preparar e respaldar seus próprios árbitros para os momentos decisivos.

No primeiro jogo, o árbitro mineiro Vinícius Gomes do Amaral teve uma atuação amplamente questionada, com lances polêmicos e decisões que geraram grande revolta, principalmente pela expulsão do volante Cauan Barros, do América, ainda no primeiro tempo. A fraca atuação expôs a má escolha feita pela comissão, que errou na escala e, ao invés de proteger a arbitragem local, apenas aumentou as críticas sobre sua condução.

Já no segundo jogo, a decisão de trazer um árbitro de fora continuou partindo dos próprios clubes, justamente pela falta de confiança na arbitragem mineira – um reflexo direto da fragilidade da comissão comandada por Márcio Eustáquio. Se a FMF tivesse uma arbitragem sólida e respeitada, seus árbitros estariam naturalmente escalados para a principal partida do estado. No entanto, a realidade é outra: sem respaldo e sem credibilidade, a comissão viu os clubes abrirem mão dos mineiros e preferirem um árbitro capixaba, do quadro básico da CBF, e de uma federação sem relevância no cenário nacional.

Árbitro da CBF, Davi Lacerda apitará a final do Mineiro

O presidente da FMF, Adriano Aro, por sua vez, parece ter lavado as mãos ao aceitar essa situação sem qualquer reação, pelo menos pública. Em vez de fortalecer a arbitragem do estado, a entidade simplesmente se curvou diante das circunstâncias e assiste passivamente a final ser conduzida por um árbitro de fora. Isso levanta uma questão fundamental: para que manter uma Comissão de Arbitragem que não tem força sequer para fazer com que seus próprios árbitros comandem a decisão do estadual e que custa caro?

Márcio Eustáquio assumiu o cargo com a responsabilidade de organizar e fortalecer a arbitragem mineira, mas os primeiros sinais são de uma gestão que ainda não mostrou serviço. Se a FMF quiser recuperar a credibilidade de sua arbitragem, precisará tomar medidas concretas para qualificá-la e dar respaldo aos seus árbitros. Caso contrário, sua comissão seguirá sendo apenas um órgão figurativo, sem comando e sem respeito no próprio futebol mineiro.

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