Por PPJ
A semifinal do Campeonato Paulista entre Palmeiras e São Paulo, disputada no Allianz Parque, ficará marcada não apenas pela rivalidade histórica entre as equipes, mas, lamentavelmente, por uma decisão controversa que selou o destino do confronto. O árbitro Flavio Rodrigues de Souza assinalou um pênalti duvidoso de Arboleda sobre Vitor Roque, decisão que culminou na eliminação do Tricolor e levantou questionamentos sobre a qualidade da arbitragem e os critérios de escalação adotados pela comissão responsável.
Aos 44 minutos do primeiro tempo, Vitor Roque avançou em direção à área são-paulina e, ao tentar driblar Arboleda, caiu no gramado. De imediato, Flavio Rodrigues de Souza apontou para a marca da cal, interpretando o lance como falta do defensor equatoriano. Entretanto, análises posteriores e opiniões de especialistas indicam que o contato foi mínimo e que o atacante palmeirense buscou o choque, caracterizando uma simulação. O ex-árbitro Carlos Eugênio Simon foi categórico em sua avaliação: “Não foi pênalti! Arboleda está recolhendo a perna, quando Vitor Roque mergulha buscando o contato.”
A indignação tomou conta dos jogadores e dirigentes do São Paulo. O presidente Julio Casares expressou sua revolta: “Foi vergonhoso.” Arboleda, diretamente envolvido no lance, desabafou nas redes sociais: “Parabéns. Conseguiram o que tanto queriam. Lamentavelmente, acabou o respeito com o maior do Brasil.”
Não é a primeira vez que Flavio Rodrigues de Souza se envolve em polêmicas de grande magnitude. Em 2024, foi afastado pela CBF após erros significativos na partida entre Palmeiras e Fortaleza, quando assinalou dois pênaltis questionáveis a favor do Verdão. Mesmo ostentando o escudo FIFA, sua presença em competições internacionais tem sido escassa, refletindo uma possível falta de confiança de entidades superiores em seu trabalho.
A responsabilidade pela escalação de árbitros recai sobre a comissão de arbitragem, que tem o dever de selecionar profissionais capacitados e em boa fase. A reincidência de erros por parte de Flavio Rodrigues de Souza levanta questionamentos sobre os critérios adotados para sua designação em partidas de tamanha importância. Ao manter árbitros com histórico de decisões controversas, a comissão de árbitros da FPF erra, assim como o árbitro que tomou uma das mais absurdas decisões já vistas no futebol.
Diante dos fatos, é imperativo que medidas sejam tomadas. Flavio Rodrigues de Souza, apesar de sua trajetória e de não pairarem dúvidas sobre sua integridade, demonstra não estar à altura das exigências do futebol moderno. A perda do escudo FIFA e sua aposentadoria dos gramados seriam atitudes coerentes diante de sua atuação na semifinal do Paulistão. Além disso, a comissão “internacional” de arbitragem de São Paulo, deve reavaliar seus processos de seleção e acompanhamento, garantindo que apenas os mais preparados conduzam os espetáculos que apaixonam milhões.
O futebol é uma manifestação cultural que transcende o esporte, e a arbitragem deve ser a guardiã da justiça dentro das quatro linhas. Quando falha nesse papel, fere não apenas uma equipe, mas a essência do jogo. E o São Paulo está certo de reclamar.
