
O Campeonato Pernambucano 2025 tem sido palco de erros graves da arbitragem, evidenciando um problema que se arrasta há anos: a falta de um projeto sólido para qualificar os árbitros locais. Sob a gestão de Ubirajara Ferraz, presidente da Comissão Estadual de Arbitragem de Futebol de Pernambuco (CEAF-PE), a categoria não evolui, e os equívocos seguem impactando diretamente os resultados das partidas.
O caso mais emblemático foi o erro da árbitra Deborah Cecília no clássico entre Náutico e Santa Cruz, em janeiro. A não marcação de um toque de mão claro no lance que originou o segundo gol alvirrubro gerou indignação e levou ao afastamento dela e do assistente José Romão. A medida, no entanto, foi apenas paliativa e não atacou o real problema: a ausência de um planejamento estruturado para melhorar o nível da arbitragem pernambucana.
O presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, tem investido na capacitação dos árbitros, mas os resultados não aparecem. O Estadual segue marcado por decisões polêmicas e contestadas, o que levou Náutico, Sport, Santa Cruz e Retrô a se unirem em um pedido por árbitros de fora e pela implementação do VAR em seus jogos. A solicitação deixa claro que a confiança na CEAF-PE está comprometida.
O cenário exige mudanças urgentes. Enquanto outras federações estaduais revelam novos talentos para a arbitragem nacional, Pernambuco não consegue acompanhar esse ritmo. Falta uma gestão firme e um plano estratégico para a formação e reciclagem de seus profissionais. Sem isso, os erros continuarão a ocorrer, comprometendo a credibilidade do campeonato e desgastando ainda mais a imagem da arbitragem local.