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Erro de arbitragem marca semifinal do Paulistão e expõe dificuldades da FPF na formação de árbitros FIFA

Flavio Rodrigues de Souza é um árbitro FIFA que sentiu o peso do cobiçado “escudo branco”

Erro de arbitragem marca semifinal do Paulistão e expõe dificuldades da FPF na formação de árbitros FIFA

A semifinal do Campeonato Paulista entre Palmeiras e São Paulo, disputada nesta segunda-feira (10), terminou com polêmica. A vitória do Verdão por 1 a 0 foi definida por um pênalti convertido por Raphael Veiga nos acréscimos do primeiro tempo, em um lance que gerou indignação entre os tricolores.

O árbitro da partida, Flávio Rodrigues de Souza, integrante do quadro da FIFA, marcou a penalidade sem revisar o lance no VAR, decisão que causou forte reação da diretoria do São Paulo e críticas de especialistas em arbitragem. O próprio comentarista de arbitragem Leonardo Gaciba classificou a marcação como equivocada, apontando que houve um contato natural de jogo entre Arboleda e Vitor Roque, sem infração caracterizada.

A revolta são-paulina aumentou pela ausência de revisão do VAR, ferramenta criada justamente para corrigir equívocos claros e evidentes. “O árbitro é erro, o VAR é incompetência”, disparou Carlos Belmonte, diretor de futebol do clube, cobrando a liberação dos áudios da cabine.

Problema recorrente na arbitragem paulista

O erro de Flávio Rodrigues de Souza não é um caso isolado, mas escancara uma questão mais ampla: a dificuldade da Federação Paulista de Futebol (FPF) em formar árbitros de alto nível para competições de grande visibilidade. Apesar de ser a entidade mais rica do futebol brasileiro, a FPF tem enfrentado problemas recorrentes com decisões contestáveis, especialmente em jogos decisivos.

A arbitragem paulista conta com poucos representantes no quadro da FIFA, e os que alcançam essa distinção ainda se envolvem em polêmicas como a desta semifinal. A ausência de renovação na categoria e a falta de preparação técnica adequada colocam em xeque a capacidade da federação de desenvolver profissionais que suportem a pressão dos grandes jogos.

Para um torneio que se orgulha de ser o mais organizado do país, o Paulistão não pode conviver com arbitragens que se tornam protagonistas pelos motivos errados. O erro desta semifinal reforça a necessidade de um investimento real na capacitação dos árbitros, para que o futebol seja decidido pelos jogadores em campo e não por equívocos evitáveis.

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