Rio de Janeiro – O que se viu na decisão do Campeonato Brasileiro ontem, no Maracanã, traduz o momento delicado que a arbitragem brasileira atravessa atualmente. No alto de sua arrogância tendo as costas largas pelos padrinhos políticos que o promoveram ao quadro da FIFA, o paulista Raphael Claus mostrou o que todos já sabiam: quando o jogo aperta e precisa de um árbitro de verdade, ele não consegue justificar o escudo que carrega no peito.
Flamengo e Internacional se enfrentaram no Rio pela 37ª rodada do Brasileirão 2020. Principal confronto do campeonato até então, tendo em vista que os dois times encabeçam o topo da tabela e consequentemente brigam pelo título, não precisa ser um especialista no assunto para atestar que um jogo de tamanha envergadura, precisava de um árbitro com a mesma característica. Mas em razão da dificuldade que a comissão de árbitros da CBF possui de escalar, o que se viu no Rio de Janeiro foi um show de horrores que afiança o despreparo do árbitro que pode representar o Brasil na próxima Copa do Mundo.
Na última e decisiva rodada da competição, Internacional e Flamengo enfrentarão Corinthians e São Paulo, respectivamente. Se o clube da Gávea vencer o confronto, será mais uma vez campeão do Brasil, agora, se empatar, e o internacional vencer, o título seguirá para o Rio Grande do Sul. As apostas agora serão em quem confiará a comissão para comandar nessas duas partidas, tendo em vista que após o fracasso de Claus no final de semana, restam a eles apenas Wilton Sampaio, que provavelmente deve ser indicado para um dos jogos.
Com a insatisfação de clubes, jogadores, torcedores, dos próprios árbitros e até do “tio da pipoca” que trabalha nos estádios, a gestão Gaciba segue trabalhando intensamente trazendo problemas para o presidente Rogério Caboclo, que em tempos de pandemia, fez o que pôde para não deixar a arbitragem na mão. Em contrapartida, a reciprocidade esperada de sua comissão, infelizmente se traduz com jogos desastrosos como o que vimos neste domingo, no Maracanã.