São Paulo – Não deveria ser uma regra, mas na Região Nordeste, assim como em boa parte do país, ser presidente de comissão ainda é um grande negócio. Talvez por isso que nos últimos anos nenhuma federação modificou o poder de sua CEAF, como se o panorama diante do cenário arrasador que se vê na maioria dos estados, fosse o ideal.
Durante muitos anos o Nordeste revelou grandes nomes para o futebol brasileiro. Mas essa boa lembrança de um passado não muito distante, a cada temporada vai ficando cada vez mais vaga, tendo em vista as escolhas erradas que a renovação desenfreada da arbitragem fez muitos dirigentes tomarem.
Qual a justificativa de a Região Nordeste não ter um único árbitro no quadro internacional? Essa talvez seja a pergunta que muitos fazem, já que com times competitivos, esse importante trecho do país deveria ter uma fatia de bolo que priorizasse a qualidade técnica oportunizando que os árbitros pudessem despontar.
Mas a permanência no poder de dirigentes de arbitragem que se tornaram “senhores feudais”, contribuiu para que a política do “mais do mesmo” se perpetuasse. Sem trânsito na comissão que faz distinção dos dirigentes que telefonam para pedir escalas, a Região Nordeste do Brasil segue agonizando com Caio Max entre as suas principais apostas.
Tecnicamente frágil e sem personalidade para se tornar um árbitro internacional, o potiguar acabou sendo a única alternativa utilizada, mesmo com esse perfil, pela comissão de árbitros da CBF na elite do futebol nacional. Com diversos profissionais buscando oportunidades, parece que a vontade de revelar árbitros nordestinos ao que tudo indica, não é uma das prioridades do gaúcho Leonardo Gaciba.