São Paulo – Quando Ana Paula Oliveira deixar o comando da arbitragem paulista o seu maior legado será a “contratação” do ex-árbitro Péricles Bassols. Parece uma piada, mas a federação mais rica do país que durante muitos anos foi celeiro de grandes árbitros para o futebol mundial, hoje vive um panorama completamente diferente ao que nos acostumou ver ao longo de sua história.

Com a queda drástica no rendimento físico e, por consequência, técnico de Luiz Flávio de Oliveira, seu árbitro de outrora tido como principal, hoje o estado de São Paulo vive um anonimato que nem o mais pessimista dos esportistas poderia prever que um dia aconteceria.
Além de ter como presidente de comissão uma ex-árbitra que pendurou a bandeira após uma ciclo de erros no campo de jogo e diversas reprovações físicas, a arbitragem paulista que na esfera sindical colecionou escândalos nos últimos anos e não revelou árbitros que justificassem suas promoções, atravessa na atualidade a pior crise de sua história.
Uma luz no fim do túnel talvez seja Flávio Rodrigues de Souza, corajoso e talentoso árbitro da FIFA revelado por Marcos Marinho, ex-presidente da comissão de arbitragem da FPF que até hoje faz muitos árbitros lamentarem sua saída.
Como alternativa, São Paulo, que gosta de “inovar” acabou apostando em Dionísio Roberto Domingos que após uma temporada na CBF, período em que viajava o Brasil em lua de mel com a hoje comentarista da Globo, acabou enterrando ainda mais o quadro deixando como legado a final do campeonato paulista de 2018.
A volta de Péricles Bassols, um dos árbitros mais contestados da história recente do futebol, aos gramados, e pela federação de São Paulo, comprova não só a falta de compromisso, como também, o fracasso da gestão Ana Paula Oliveira à frente de uma comissão que se o bom senso prevalecesse, ela jamais deveria fazer parte.